domingo, 17 de setembro de 2023

Cascata do Pego do Inferno - Tavira

A Cascata do Pego do Inferno, nos arredores de Tavira, é uma das cascatas mais bonitas do Algarve. É a maior de um conjunto de três cascatas da ribeira da Asseca, as outras duas sendo a Cascata do Pomarinho e a Cascata da Torre.

A Cascata do Pego do Inferno tem somente 3 metros de altura, mas apresenta um lago de cor verde-azeitona, que convida a grandes mergulhos no verão, e um cativante cenário envolvente. Excelente espaço para se fazer um picnic e desfrutar de uma tarde prazenteira.



Até 2012, junto à queda de água havia um espaço balnear, mas um fogo que lavrou a zona destruiu o passeio pedonal, a ponte que dava acesso à lagoa e as demais infraestruturas. A destruição causada pelo fogo levou o município a encerrar o espaço ao público. Como nada foi reconstruído, o espaço nunca mais foi oficialmente aberto ao público. O que não impede que dezenas de pessoas rumem até lá para desfrutar da beleza natural da Cascata do Pego do Inferno e das águas refrescantes da sua lagoa.

Mas chegar à Cascata do Pego do Inferno, sem se fazer o trabalho de casa, pode vir a revelar-se uma tarefa algo complicada. Como o espaço não está oficialmente aberto ao público, não existe qualquer sinalética com indicações a partir de Tavira, apesar da mesma ficar a uns meros 10 quilómetros a noroeste de Tavira. Felizmente, os mapas do Google continuam a assinalar a Cascata do Pego do Inferno, logo, chegar até ao estacionamento que ainda lá está, não é de todo difícil para quem se faça acompanhar por um smartphone ou GPS.

Do estacionamento até à Cascata do Pego do Inferno é menos de um quilómetro e o percurso demora menos que dez minutos a ser efetuado. O problema é que não há qualquer indicação sobre qual a direção a seguir, o que leva a que muitos dos visitantes acabem por tomar uma direção errada e se vejam gregos para lá chegar. Quem sai do estacionamento é o caminho da esquerda, começa a subir e depois desce até ao curso do rio que estava seco, depois é seguir o leito da água até à cascata.

Outra explicação é:  ao fundo da estrada do parking há um sinal "acesso proibido". Não entre aí mas sim num caminho de terra estreito logo ao lado direito do acesso proibido. Siga um meio minuto até ser possível descer para um caminho paralelo mais abaixo. Continuando na mesma direção após 1-2 minutos vê-se a cascata em baixo. Continue até ao fim do caminho que vai acabar num acesso fácil à zona de banho.

Para  ajudar nessa tarefa, a Vagamundos disponibilizou um mapa com todo o percurso desde Tavira até à Cascata do Pego do Inferno, incluindo uma pequena trilha do percurso pedestre desde o estacionamento até ao Pego do Inferno, em formato GPX/KLM para descarregar e utilizar no GPS ou no smartphone: https://www.vagamundos.pt/cascata-do-pego-do-inferno/




terça-feira, 5 de setembro de 2023

Pia do Urso e Ecoparque sensorial

 A Pia do Urso, a 1h30 de Lisboa, e 15min de Fátima, é uma aldeia muito bonita, onde foi construído um Ecoparque Sensorial, um parque temático e sensorial (adaptado a invisuais), acompanhado de um circuito pedestre. A entrada é gratuita!


Além da paisagem atrativa e da calma envolvente, o parque é composto por diversas estações interativas e lúdicas, constituindo um conceito inovador que pretende possibilitar a apreensão do meio envolvente através do tato e do olfato. Assim, constitui um ótimo local para se passar uma tarde, um dia ou mesmo residir por lá durante uns tempos, pois será possível alugar casas antigas que, também, foram reconstruídas.



Ao longo do percurso podem observar-se diversas formações geológicas – as chamadas “pias” – onde, reza a lenda, um urso que vivia naquelas serranias tinha por hábito ir beber água. Atualmente, o parque retrata essa pia com o urso ali perto.

Situado numa encruzilhada de vias romanas das quais se salienta a que ligava a Olissipo (Lisboa) e Collipo (Batalha/Leiria), por aqui passaram em 1385 os exércitos chefiados por D. Nuno Álvares Pereira, provenientes de Ourém a caminho de Aljubarrota e, quinhentos anos mais tarde, as tropas invasoras de Napoleão Bonaparte que deixaram um rasto de destruição e mortandade.

Para além de várias habitações, encontramos aqui também restaurantes, cafés, WC públicos, chafariz de água e lojas com produtos típicos da zona.

Ao longo do percurso pedestre há várias placas que informam sobre a flora e fauna do local. Torna-se assim também num local didático. O percurso é circular com cerca de 800 metros. Não é aconselhável a pessoas com dificuldade de locomoção, uma vez que o piso é irregular.

Ao longo do percurso há várias estações lúdicas interativas, construídas maioritariamente em madeira. Na Estação do Ciclo da Água podem carregar num interruptor para fazer descer água por um circuito. A água, por sua vez, aciona a nora aí existente. Já na Estação Jurássica, os miúdos divertem-se a escalar os dinossauros de madeira. Na Estação Musical entusiasmam-se a produzir sons com instrumentos de metal. Há mais estações e pontos de interesse no Ecoparque Sensorial. O parque de merendas é um deles, onde há bastante sombra para um piquenique agradável. 

É também recomendável almoçar por perto no Restaurante Piadussa, muito bonito e muito recomendado, com boa relação qualidade/custo. Convém reservar (https://www.restaurantepiadussa.pt/). Fica no final da Rua da Pia do Urso e é fácil estacionar mesmo no final da rua. Também se pode entrar pelo lado sul para este estacionamento.

Vou experimentar este passeio. Diretamente para o restaurante, passeio no parque/aldeia depois do almoço e se calhar comer um gelado em Fátima no regresso :)



segunda-feira, 3 de abril de 2023

Alcoutim

Alcoutim, com vista para Sanlúcar de Guadiana e o rio Guadiana, oferece paisagens belissimas. è possível fazer a travessia de barco até lá, pela Fun River, a partir da Estação de Alcoutim, podendo fazer-se também bonitos trilhos deste lado (https://pt.wikiloc.com/trilhas-trekking/camino-natural-del-guadiana-20115858)


O Castelo de Alcoutim, construído no século XIV com o objetivo de defender esta região fronteiriça,  possui um grande pano de muralha com torres defensivas. Uma visita ao castelo permite apreciar uma magnífica panorâmica sobre o rio Guadiana, a vila de Alcoutim e a aldeia espanhola de Sanlucar.

No interior do castelo, oportunidade para visitar o Museu Arqueológico de Alcoutim, onde se pode apreciar um variado conjunto de achados que testemunham todas as épocas da história do concelho, bem como a exposição Jogos Intemporais. De salientar que esta coleção integra o maior conjunto e variedade de jogos de tabuleiro de época islâmica provenientes de um único sítio arqueológico e os únicos exemplares de Mancala III, que temos conhecimento em Portugal.

O Festival de Caminhadas de Alcoutim atrai muitos visitantes em março para desfrutarem dos mais de 150 km de percursos pedestres homologados que cruzam o concelho, como sejam a Grande Rota do Guadiana – um dos mais belos trilhos beira-rio que conhecemos – e a Via Algarviana com ponto de partida nesta vila.



A Grande Rota do Guadiana é mais do que um mero percurso pedestre. Entre o Rio Vascão, onde acaba o Alentejo e começa o Algarve, e Alcoutim percorre-se o verdadeiro trilho da ronda da guarda fiscal.

Com mais tempo, vale a pena visitar tamb+em o Parque Natural do Vale do Guadiana: https://www.vagamundos.pt/visitar-vale-do-guadiana-roteiro/



Alte, Loulé

Alte é uma aldeia situada no sopé da Serra do Caldeirão, no extremo noroeste do concelho de Loulé, distrito de Faro. Trata-se de uma povoação típica algarvia com um centro histórico bem conservado, recheado de edifícios residenciais caiados de branco e com ruas e escadarias estreitas pavimentadas com calçada portuguesa.



A cascata Queda do Vigário é um dos tesouros escondidos de Alte. Do alto dos seus 24 metros de altura esta queda de água, integrada na Ribeira de Alte, lança-se com grande vigor sobre uma bela lagoa de águas límpidas. No verão muitos são aqueles que ali vão a banhos. Junto à cascata, a área envolvente foi requalificada com a criação de um espaço verde onde estão disponíveis mesas de piqueniques e uma infraestrutura de apoio. O acesso é feito a partir do cemitério de Alte e pode caminhar através de um trilho (percurso mais curto) ou por caminho.



À saída de Alte, no sentido nascente, pode visitar a Fonte Pequena e Fonte Grande, locais muito bonitos. 




Restaurante bem recomendado pelos turistas no tripadviser é O Folclore, com esplanada e uma vista belissima.

O mercado de Alte funciona uma vez por mês, mais especificamente na terceira quinta-feira. Aqui são colocados à venda os produtos locais, como frutas, legumes, mel, queijos, artesanato (trabalhos de madeira e olaria) e acessórios em couro, entre outros.

Mais informações e fotos aqui: https://www.espiritoviajante.com/aldeia-alte-algarve/ e aqui: https://www.viajecomigo.com/2020/12/19/a-tipica-aldeia-de-alte-algarve/



Querença e Fonte Benémola

 A pequena e singela aldeia de Querença, em Loulé, é uma bonita e típica aldeia do Algarve. Situa-se no alto de um pequeno monte, na transição entre o barrocal e a serra. As suas casas, caiadas de branco, descem ao longo da encosta. No topo da aldeia fica o mais icónico dos seus monumentos: a Igreja Matriz. A melhor forma de descobrir a aldeia é caminhando pelos seus becos e ruelas e apreciar cada pequeno detalhe.

E um passeio pela aldeia irá fazer com que perceba a íntima relação de Querença com a água. Essa relação é ainda mais intensa quando se visita a Paisagem Protegida da Fonte da Benémola, localizada bem perto da aldeia. Trata-se de um local onde a água corre durante todo o ano, ao contrário da maioria dos outros locais do Algarve. É possível chegar até à Fonte da Benémola através de um trilho oficial que tem início em Querença e com 4,2 quilómetros. O trilho é circular, de dificuldade fácil e apto para toda a família.


O percurso pedestre Fonte da Benémola - PR16 LLE (https://www.cm-loule.pt/pt/menu/231/percursos.aspx) começa junto ao estacionamento de terra batida (em Fica Bem), localizado junto à Estrada Municipal 524, entre a localidade da Tôr e de Querença. Seguindo pelo caminho principal de terra batida, entre a vegetação característica do Barrocal algarvio, passa-se pelos painéis sobre a Flora e as Várzeas da Benémola e cruza-se uma pequena ribeira. Nesse cruzamento, vira-se à esquerda em direção à ribeira de Menalva. 

Próximo da Estação Ornitológica da Fonte Benémola encontramos o painel sobre Aves e, ao continuar pelo caminho principal, surge um antigo palheiro (à esquerda). Mais à frente, chega-se ao painel sobre a Água, ao Olho (nascente), às poldras, a um primeiro parque de merendas e, à direita, encontramos as levadas. Seguindo em frente, chega-se à Fonte Benémola (nascente) e a um segundo parque de merendas, onde se encontra o painel sobre Fauna e vestígios de um antigo forno de cal.

ATENÇÃO - entre a nascente O Olho e o 2º parque de merendas, o material geológico destas encostas é propício à ocorrência de deslizamento e queda de pedras/blocos de pedras pelo que deverá caminhar com mais atenção.


O troço, desde o cruzamento até aqui, é comum à Via Algarviana e ao percurso pedestre das Sete Fontes (PR12LLE). É também possível fazer uma variante ao percurso, que implica atravessar a linha de água, antes do primeiro parque de merendas, utilizando as poldras aí instaladas. Existe ainda um percurso áudio guiado - Rota de Água – junto à linha de água. Ao atravessar-se a ribeira, para a outra margem, segue-se sempre no caminho principal, passando pela casa de um antigo cesteiro da zona (à esquerda), até chegar novamente à Estrada Municipal 524. Aí, vira-se à esquerda, atravessa-se a ponte da Passagem e vira-se novamente à esquerda, seguindo a EM 524, passando ao lado do antigo lagar da Passagem (em tempos idos um dos mais importantes lagares da zona) até se chegar ao estacionamento inicial em terra batida (Fica Bem).

Quase todo este percurso pode ser feito de bicicleta.