sexta-feira, 20 de julho de 2018

Ondas Gigantes da Nazaré e Praia de São Martinho do Porto

O canhão da Nazaré é um dos maiores canhões submarinos da Europa. São 227 km de extensão e 5000 m de profundidade máxima, por entre vertentes íngremes. A sua origem ainda está envolta em mistério, pois encontra-se numa zona geológica complexa. No entanto, considera-se estar relacionada com a falha da Nazaré, uma fratura da crosta onde existem movimentos que podem causar sismos.

A zona envolvente à Nazaré sempre foi uma zona temida pelos antigos pescadores. Contam-se vários naufrágios e até um submarino alemão da 2ª guerra mundial jaz naquelas águas. causa desta área instável está bem no fundo do oceano.

A presença do canhão cria condições especiais para a formação de ondas grandes. Ele vai separar a onda em duas, aumentar a velocidade da onda que percorre o canhão e fazê-las reencontrar-se novamente! A corrente que vem da praia, em sentido oposto, também vai acrescentar mais alguns metros. Para nascer a onda gigante é importante juntar mais alguns ingredientes à receita! Essas condições são relativas ao período da onda (igual ou superior a 14 segundos), ao vento (idealmente fraco) e a direcção da onda (idealmente de W/NW).

Para uma análise técnica mais detalhada sobre como são formadas as ondas grandes, consultem esta página do Instituto Hidrográfico.
Essa explicação pode também ser visualizada neste filme, adequado também aos mais novos:

Por excelência, a época de ondas grandes na Nazaré em Portugal, é entre outubro e março (abril também funciona em alguns anos). Pode verificar as previsões aqui .

As ondas gigantes ocorrem na Praia do Norte na Nazaré. O melhor local para observar é no sítio da Nazaré junto ao farol (Forte de São Miguel Arcanjo), do lado norte. Também pode descer para a areia na praia para ver outra perspetiva, através de caminho de terra, mas muito cuidado junto ao mar, é perigoso.

Também há o turismo mais tradicional, que já existe há muitos anos na Nazaré. No verão há sempre a enchente de turistas que vêm fazer praia, do lado mais a sul, na praia principal da Nazaré, a praia da vila.

Ali tão perto, podemos ainda dar um salto à Praia de São Martinho do Porto. A baía de S. Martinho do Porto é o último vestígio de um antigo Golfo que até ao século XVI se estendia a Alfeizerão e que se abre ao Oceano através de uma barra, com cerca de 250 metros de largura, entre os morros de Santana, a Sul, e do Farol, a Norte. 

Existe até um parque aquático insuflável e gaivotas para muitas horas de diversão e prazer em família.
A Baía em forma de concha é ligada ao oceano por uma abertura estreita, criando uma lagoa de águas calmas de cores fantásticas e super convidativa para as crianças.
A única nota negativa é que há alguma sujidade na água. Olhamos para os pés e estamos em cima de areia com uma substancia preta e peganhenta, provavelmente devido à enorme quantidade de barcos e motas de água que por ali andam, associada a uma baixa renovação da água por estar confinada na baía.
Na Avenida Marginal, centro cosmopolita da vila, multiplicam-se as esplanadas, lojas, bares e restaurantes quase todos especializados nos sabores do mar: a lagosta suada, a santola recheada, o lavagante, o robalo, as douradas e o linguado grelhado ou a sardinha assada.





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