sexta-feira, 23 de novembro de 2018

A Matinha de Queluz

Pequeno espaço florestal murado, inserido na malha urbana da cidade de Queluz, a Matinha engloba um conjunto de vegetação espontânea, considerado um testemunho residual da formação vegetal que cobriria a zona em tempos antigos.

Ecossistema sensível de conservação prioritária, é igualmente considerada um povoamento relíquia de sobreiros e outra vegetação natural, sendo entendida, no meio científico, como uma potencial reserva genética.

A Matinha de Queluz é daqueles lugares que parece um bosque encantado, com os seus carvalhos, azinheiras e sobreiros. Com um total de 21 hectares, t
ornou-se propriedade da Casa Real após a restauração de 1640, tendo sido construída uma praça no seu interior para os reis assistirem a espectáculos de teatro ao ar livre e tauromaquia.

Em 1975 foi cedida pela Direção Geral da Fazenda Pública à Direção Geral dos Serviços Florestais e Aquícolas, e em 1986 um despacho ministerial reconheceu-lhe aptidões de recreio e lazer e integrou-a no então Serviço Nacional de Parques, Reservas e Conservação da Natureza, atual Instituto da Conservação da Natureza.


A vegetação luxuriante da Matinha é o local perfeito para um grande número de aves florestais. Embora a densidade da folhagem nem sempre permita avistá-las facilmente, elas andam lá: por entre as folhas esvoaçam gaios e pombos-torcazes, pelos ramos saltitam chapins e estrelinhas-reais, e pelos troncos andam pica-paus e trepadeiras-comuns. Há também trepadeiras-azuis, que aqui são relativamente fáceis de avistar. Com a chegada do inverno, com alguma sorte e paciência poderá ainda vislumbrar um tordo-comum. Nesta altura do ano ouvem-se ainda os bandos de estorninhos a cantar, e uma explosão de folhas ou um reboliço no chão revelam piscos em energéticas lutas por território.

Aproveitando que está perto, visita-se também o Palácio de Queluz :). Às vezes há programas para as famílias como "A CORTE EM QUELUZ: VIAGEM AO QUOTIDIANO DE SETECENTOS"


Nenhum comentário:

Postar um comentário