terça-feira, 27 de novembro de 2018

Passadiço do Sistelo e Ecovia do Vez

Passadiço do Sistelo

O Passadiço do Sistelo está inserido na Ecovia do Vez e passa pela aldeia do Sistelo, conhecida como o "Tibete Português" graças aos seus socalcos construídos para aproveitar o pouco solo arável e em condições para sustentar o gado bovino desta região. A aldeia do Sistelo faz parte da Reserva Mundial da Biosfera e é candidata a património mundial da UNESCO.


O percurso de cerca de 10 quilómetros de extensão começa na ponte medieval de Vilela e prolonga-se até à aldeia do Sistelo embora, claro, se possa fazer no sentido contrário. A caminhar a um ritmo normal, pode ser feito em aproximadamente 3 horas e é aconselhável levar uma mochila com merenda e muita água para o caminho, principalmente no verão. Há vários locais ao longo do passadiço onde nos podemos refrescar no rio.
Se se começar do lado de Sistelo, inicia-se no Largo do Visconde de Sistelo. Seguir a indicação “ECOVIA”,... Este Largo é o ponto de partida para vários trilhos.
Se se começar em Vilela, inicia-se junto à ponte: https://goo.gl/maps/EyZsZMPb2AJ2

Ler também: https://iremviagem.com/2018/02/06/ecovia-do-vez-etapa-3/
Informação no wikiloc: https://pt.wikiloc.com/trilhas-trekking/ecovia-do-vez-etapa-2-e-3-arcos-valdevez-sistelo-28499556#wp-28499579

Ecovia do Vez

O percurso anterior é a terceira etapa do percurso da EcoVia do Vez que tem a totalidade de 32,71 Km:
Etapa1: Jolda S.Paio » Arcos de Valdevez - 12,58 Km
Etapa2: Arcos de Valdevez » Vilela - 9,86 Km
Etapa3: Vilela » Sistelo - 10,27 Km

A Ecovia do Vez, que pode ser facilmente feita em família, tem vários pontos de acesso o que possibilita a realização de pequenos troços diários, sendo mesmo aconselhável dada a sua extensão. Em termos de dificuldade, apenas o troço final junto à Sistelo apresenta alguma dificuldade, dado surgirem algumas pendentes, mas nada que não seja recompensado pela magnífica envolvente.
A sinalização existente não é sempre clara em relação ao sentido a tomar, mas também não é impeditiva da progressão (ao fim ao cabo, vamos a serpentear junto ao Vez).

Sistelo

Vale a pena visitar também Sistelo, ver o seu famoso castelo, algumas casas senhoriais, os seus muitos espigueiros (construções medievais utilizadas para guardar milho), algumas pontes medievais ou romanas e, sobretudo, os belíssimos socalcos ao longo das encostas da montanha e que dão a esta aldeia a alcunha de Tibete Português.

O caminho é paradisíaco e são vários os monumentos que encontramos ou os miradouros de onde se pode apreciar a paisagem: as pequenas cascatas, a água pura, os socalcos nas montanhas, os bois e vacas à solta nas ruas da aldeia e, sobretudo, o modo de vida e a gentileza de quem aqui habita todo o ano. Não perder também as pequenas tasquinhas com produtos tradicionais.
Para comer recomendam dois cafés na aldeia de Sistelo, a saber: A Tasquinha (Lugar da Igreja, Tel: 962 699 811) ou Tasquinha da Portela (Lugar da Portela do Alvite, Tel: 969 021 560).

Se ainda há tempo, porque não visitar a Paisagem Protegida das Lagoas de Bertiandos e S.Pedro de Arcos, em Ponte de Lima. Fica a cerca de uma hora de viagem do Sistelo e 45 min de Braga.

Por perto também a Paisagem Protegida de Corno do Bico, com centro de interpretação ambiental na Colónia Agrícola de Vascões (Coordenadas GPS: 41°54'49.52"N   8°29'33.36"W). Diz quem lá vai que se vêem muitos garranos por todo o lado. Convém verificar se o Centro está aberto no dia da visita.


sexta-feira, 23 de novembro de 2018

A Matinha de Queluz

Pequeno espaço florestal murado, inserido na malha urbana da cidade de Queluz, a Matinha engloba um conjunto de vegetação espontânea, considerado um testemunho residual da formação vegetal que cobriria a zona em tempos antigos.

Ecossistema sensível de conservação prioritária, é igualmente considerada um povoamento relíquia de sobreiros e outra vegetação natural, sendo entendida, no meio científico, como uma potencial reserva genética.

A Matinha de Queluz é daqueles lugares que parece um bosque encantado, com os seus carvalhos, azinheiras e sobreiros. Com um total de 21 hectares, t
ornou-se propriedade da Casa Real após a restauração de 1640, tendo sido construída uma praça no seu interior para os reis assistirem a espectáculos de teatro ao ar livre e tauromaquia.

Em 1975 foi cedida pela Direção Geral da Fazenda Pública à Direção Geral dos Serviços Florestais e Aquícolas, e em 1986 um despacho ministerial reconheceu-lhe aptidões de recreio e lazer e integrou-a no então Serviço Nacional de Parques, Reservas e Conservação da Natureza, atual Instituto da Conservação da Natureza.


A vegetação luxuriante da Matinha é o local perfeito para um grande número de aves florestais. Embora a densidade da folhagem nem sempre permita avistá-las facilmente, elas andam lá: por entre as folhas esvoaçam gaios e pombos-torcazes, pelos ramos saltitam chapins e estrelinhas-reais, e pelos troncos andam pica-paus e trepadeiras-comuns. Há também trepadeiras-azuis, que aqui são relativamente fáceis de avistar. Com a chegada do inverno, com alguma sorte e paciência poderá ainda vislumbrar um tordo-comum. Nesta altura do ano ouvem-se ainda os bandos de estorninhos a cantar, e uma explosão de folhas ou um reboliço no chão revelam piscos em energéticas lutas por território.

Aproveitando que está perto, visita-se também o Palácio de Queluz :). Às vezes há programas para as famílias como "A CORTE EM QUELUZ: VIAGEM AO QUOTIDIANO DE SETECENTOS"


sexta-feira, 16 de novembro de 2018

Um trilho amazónico em Portugal


Há por cá uma mata, junto a um ribeiro, que tem tão densa vegetação que até lhe chamam o "vale da amazónia". Assim que li isto, por mero acaso, na net, fiquei logo de orelhas eriçadas e procurei mais informações. Ora, fica este local na Vila de Maceirinha, perto de Leiria. Ao que parece existe mesmo um trilho muito utilizado por ciclistas, mas onde é preciso ter cuidado pois é estreito e os ciclistas andam a grande velocidade.
Podemos ver o percurso no google earth, com uma belíssima descrição a acompanhar, aqui: https://pt.wikiloc.com/trilhas-trekking/trilho-da-amazonia-maceira-lra-26711188

Pelo que pesquisei, quem queira fazer uma caminhada mais curta sem perder a Amazónia, pode iniciar o trilho neste ponto: 39°40'35.3"N 8°53'44.1"W e voltar para trás.

Fiquei com muita vontade... um destes fds tentarei lá passar com marido e filhotes :)